Com menos refrigerantes no verão, seu corpo ficará mais saudável e o seu sorriso mais bonito
Ainda faltando alguns dias para o verão, o calor já tem marcado presença e é importante que as pessoas busquem meios para se refrescarem e para se manterem hidratadas, se protegendo dos efeitos das altas temperaturas. Porém, também é importante ter cuidado com o tipo de bebida que será consumida, principalmente pelas crianças.
Preferência e riscos para a saúde
De acordo com dados do Grupo Kantar divulgados pela revista Super Varejo, no verão 2019, o refrigerante alcançou o primeiro lugar na preferência dos brasileiros que compraram bebidas para consumir em casa, sendo seguido de perto pelo suco de frutas, com 88%, e pela água mineral, consumida por 32% dos entrevistados, o que é preocupante. Se por um lado as bebidas açucaradas são saborosas e refrescantes, por outro elas criam condições para o desenvolvimento de doenças, como como obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e até câncer.
A saúde bucal também fica seriamente ameaçada pelo consumo de refrigerantes. A ingestão em excesso combinada com uma higiene bucal incorreta cria as condições ideias para que haja a desmineralização do esmalte do dente e, consequentemente, para a formação da cárie dental. Em casos extremos, o esmalte desmineralizado associado à escovação inadequada, à ocorrência de bruxismo — que é o hábito de ranger os dentes — e a outros fatores pode, inclusive, levar à perda do dente.
Ainda, é importante considerar que mesmos os refrigerantes sem adição de açúcar contêm alta concentração de substâncias ácidas. De fato, a ausência do açúcar é um fator positivo pelo ponto de vista da proteção contra outras doenças. Mas, os riscos para a dentição permanecem com o consumo destas bebidas.
Consumo em queda, mas ainda elevado
A boa notícia é que o consumo de refrigerantes no Brasil vem caindo ano após ano. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Bebidas não Alcoólicas (Abir), em 2010, o consumo de refrigerantes no Brasil era de quase 90 litros por habitante por ano, o que exigia uma produção de algo próximo a 17 bilhões de litros anuais. Em 2018, o consumo foi reduzido para 59 litros por habitante por ano, abaixando a produção para 12,3 bilhões de litros anuais.
Isso significa que, o consumo per capita de refrigerantes no Brasil está na casa dos 160 ml por dia, ficando bastante abaixo do limite de alto risco apresentando em um estudo publicado pela JAMA Internal Medicine. De acordo com os pesquisadores, o consumo de quantidade da bebida superior a 500 ml por dia está associado à morte precoce ocasionada por fatores diversos. Contudo, considerando que o número de consumidores vem caindo ano após ano, a quantidade de refrigerantes consumida pelos brasileiros ainda pode ser vista como bastante elevada.
Dados do Ministério da Saúde indicam 14,4% da população brasileira consumiam a bebida em cinco ou mais dias da semana em 2018 — o que é ótimo, se comparado aos mais de 30% de 2006. Porém, isso significa que uma parcela menor da população está consumindo refrigerante em grande quantidade, bastante acima dos 500 ml que provocam risco de morte precoce apontados no estudo da JAMA e que, claro, interferem na saúde bucal.
Portanto, para ter um verão mais saudável e com um sorriso mais bonito, evite o consumo de refrigerantes. Se consumir, não deixe de fazer uma boa higiene bucal.