Enxaguantes bucais não devem ser usados indiscriminadamente
Há quem veja os enxaguantes bucais como algo corriqueiro, que pode ser usado indiscriminadamente. Porém, como existe uma grande variedade desses produtos no mercado e como todos são fármacos, que contêm várias substâncias em formulações distintas, convém observar alguns detalhes sobre eles.
Antes de tudo, vale entender qual a finalidade de cada produto. Existem aqueles destinados apenas a controlar a proliferação das bactérias bucais e afastar o mau hálito e há os que contêm flúor, que podem ajudar no combate às cáries. Ainda, há enxaguantes terapêuticos, prescritos para tratamentos específicos — como auxiliar na higiene bucal após uma cirurgia ou tratar a gengivite e a periodontite, entre outras possibilidades.
Efeitos
Mesmo que não existam trabalhos conclusivos sobre efeitos adversos dos enxaguantes bucais, há considerações indicando que eles podem existir. Por exemplo, é possível que o uso continuado desses produtos favoreça o desenvolvimento de manchas na dentição. Além disso, como a maior parte dos enxaguantes contém ingredientes antibacterianos, os microorganismo benéficos presentes na boca ficam ameaçados, o que pode levar a distúrbios do metabolismo e contribuir para o desenvolvimento da diabetes e da hipertensão, como apontam pesquisas. Ainda, tendo em vista que o consumo frequente de substâncias alcoólicas está associado ao câncer de boca, pesquisadores também relacionaram a doença à regularidade do uso de enxaguantes que contêm álcool.
Utilidade
Os possíveis efeitos negativos dos enxaguantes bucais não afastam a utilidade dos produtos. Porém, há condições que podem ser resolvidas pela escovação correta, enquanto outras exigem maior atenção.
A halitose, por exemplo, nem sempre tem origem na boca. Há casos de mau hálito que se originam no estômago e que não são solucionados pelos enxaguantes.
Portanto, o melhor é fazer o uso racional desses produtos, com frequência que seja a recomendada pelo seu dentista ou médico.
