Recomendação pelo uso de máscaras nas festas de final de ano
Em comunicado emitido na manhã desta quarta-feira (16), a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou um apelo à população europeia para que recorra ao uso de máscara nas festas de final de ano, mesmo nos encontros familiares. Preocupada com o alto risco de ocorrerem novos contágios durante o período festivo, a OMS também está recomendando que as pessoas se encontrem em locais abertos e conta com a consciência individual dos europeus para que as medidas surtam efeito coletivo na proteção da saúde dos europeus.
De fato, com a aproximação do inverno no Hemisfério Norte, quando as baixas temperaturas favorecem a convivência em ambientes fechados, a situação na Europa se torna especialmente preocupante. Com a expansão de uma nova onda de contágio, novamente estão sendo registrados milhares de casos diários e centenas de mortes em todo o continente, o que tem levado os governos a retomarem algumas atitudes mais duras no combate ao coronavírus. A Alemanha, por exemplo, aumentou as restrições, fechando escolas e estabelecimentos não essenciais,
Brasil
Ainda que o apelo da OMS tenha sido dirigido aos europeus, as recomendações também são válidas para o Brasil. Afinal, antes mesmo de podermos respirar com algum alívio pelo fim de uma primeira onda da pandemia, já estamos sendo assombrados por um segundo surto, que parece estar chegando com força ainda maior do que o anterior.
Após o breve refresco registrado em outubro, os números voltaram a crescer no Brasil ao longo de novembro, até chegarem a mais de 54 mil casos em um dia, registrados em 11 de dezembro. A quantidade de novos contágios ainda está muito distante dos 69 mil alcançados em um dia no pico da pandemia no Brasil, ocorrido em 29 de julho, mas fica bastante próxima da registrada em 19 de junho, quando a disseminação da doença estava em ascensão na primeira onda.
BH
De acordo com o Boletim Epidemiológico emitido pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) nesta terça-feira (15), a capital atingiu 58 mil casos de Covid-19 e 1.753 morte no acumulado desde o início da pandemia, com 271 novos casos na data. A incidência acumulada por 100 mil habitantes ao longo de 14 dias sofreu uma pequena queda, passando de 108,8 no dia 1º de dezembro para 95,2 no dia 14. Considerando que o período de 14 dias é considerado pelos infectologistas como sendo o necessário para que o coronavírus cumpra o seu ciclo, isso significa que houve uma ligeira queda no contágio nesse espaço de tempo.
Contudo, a taxa de transmissão por infectado (RT) continua na zona de alerta amarelo, marcando 1,05. Isso significa que cada 100 portadores do vírus são capazes de contaminar outras 105 pessoas. As taxas de ocupação dos leitos de UTI e de leitos de enfermaria destinados à Covid-19 foram 59,1% e 52,3%, respectivamente.
(Retificação: após a publicação deste post a PBH emitiu novo Boletim Epidemiológico. O RT do dia 16 passou para 1,07 — cada sem contaminados contagiam outras 107 pessoas — e a taxa de ocupação dos leitos de enfermaria foi para 64,2%, se mantendo em 52,3% nos leitos de UTI)
Portanto, ainda que a situação de Belo Horizonte não esteja tão alarmante quanto em outras cidades do país onde já começam a faltar vagas nos leitos hospitalares, a população não pode abaixar a guarda. Ao contrário, os cuidados com a higienização das mãos e com o afastamento entre as pessoas devem ser mantidos e o uso da máscara não pode ser dispensado.
Nas reuniões de família que de fato forem acontecer neste final de ano estas precauções também não devem ser abandonadas. Nos dias de hoje, mais do que uma proteção pessoal, manter-se distante das pessoas e usar máscara quando estamos com elas deve ser entendido como uma demonstração de respeito e de atenção com o bem-estar do outro e, sobretudo, de carinho especial com quem nos importamos mais.
Confira a seguir a campanha do Governo do Estado do Paraná