Está pensando em fazer um implante de dentes? Confira tudo o que você precisa saber sobre o procedimento!
Acidentes, doenças periodontais ou outras que afetem a saúde bucal são as causas da perda de um ou de mais dentes, o que, naturalmente, exigem reparação. Afinal, tanto por motivos funcionais, da mastigação, quanto por razões estéticas, uma boa dentição é algo indispensável para a saúde e para a autoestima das pessoas.
Ocorre que, até os anos 1980, no Brasil, as próteses móveis figuravam como as únicas alternativas para a substituição total ou parcial dos dentes. Essa situação começaria a mudar no final da década, quando começaram a ser realizadas as primeiras cirurgias de implante dentário no país.
De lá pra cá muita coisa mudou. A tecnologia evoluiu e a habilidade dos profissionais se desenvolveu ao mais alto nível que a prática domina na atualidade. Assim, os sorrisos voltaram a ser tão naturais e seguros quanto eram com a dentição original ou, em alguns casos, até melhores.
Mas, afinal, como ocorre esse processo? O Comunidade Ativa foi buscar as informações pra você.
O implante dentário
Basicamente, a ideia é muito simples. Com o implante dentário é feita introdução de uma peça artificial na maxila ou na mandíbula do paciente, o pino, que fará as vezes da raiz do dente. Os pinos têm a aparência e também a função de um parafuso e são confeccionados com titânio puro. Para implantá-los, é feita uma pequena cirurgia de inserção da peça na estrutura óssea.
O dente artificial, geralmente feito de resina ou de porcelana — os mesmos materiais utilizados nas peças que fazem a recomposição de dentes danificados —, é preparado com antecedência, para, em seguida, ser aparafusado no pino.
O procedimento de implante do pino, que é realizado no consultório em um primeiro momento, será seguido de uma etapa de extrema importância, que diz respeito à integração óssea da peça implantada.
Integração do implante
Nessa etapa ocorre a cicatrização do osso à volta do pino implantado, fazendo com que ele fique perfeitamente integrado à estrutura óssea. Por esse motivo, a conclusão de todo o processo de implante dura um determinado tempo, que varia de paciente para paciente.
Durante esse período, à peça será fixada uma prótese provisória, que impedirá a sobrecarga sobre o pino implantado. Esta é uma fase crucial, que exige cuidados do paciente para que o implante cicatrize perfeitamente e apresente uma boa reparação.
Finalizada a recuperação óssea, o pino terá se juntado ao osso, ficando fixo, sem mobilidade e sem apresentar qualquer sensação durante a mastigação.
Quanto tempo dura o processo?
Como já foi dito, todo o procedimento vai durar um tempo que será variável de acordo com cada pessoa e de acordo com o tipo de intervenção a ser feita. Portanto, caso haja a necessidade de se fazer o implante de apenas um dente, o processo durará uma seção no consultório e a fase necessária à integração do pino. Porém, é claro, se vários dentes precisam ser implantados — há casos em que toda a dentição é substituída por implantes —, o tempo demandado será proporcionalmente maior.
A qualidade da ossatura do paciente é outro fator que influencia o tempo de duração do processo e há também diferença entre a condição do implante na maxila com relação ao procedimento na mandíbula. Isso porque o osso da mandíbula é mais duro, menos poroso, do que o da maxila, o que o torna mais favorável à fixação do pino no primeiro caso.
Contudo, em linhas gerais, quando há necessidade de se fazer o implante de vários ou de todos os dentes, o procedimento costuma acontecer em prazo de dois a três meses, se for na região inferior, e de quatro a seis meses, na região superior. Em grande parte das vezes, o implante de todos os dentes, caso seja necessário, não é realizado em um único dia. Porém, em determinadas circunstâncias é até possível que isso ocorra.
Não há rejeição do implante
A possibilidade de haver rejeição da peça implantada praticamente não existe. Como o titânio é um metal que apresenta alto nível de biocompatibilidade — ou seja, que não causa danos ao sistema biológico —, o organismo não tem motivos para rejeitá-lo.
Porém, isso não significa que 100% dos pacientes possam fazer um implante dentário, uma vez que há outros fatores que precisam ser considerados.
Limitações
Ainda que de baixo impacto, o implante dentário implica em uma cirurgia, o que significa algum risco, que precisa ser avaliado. Por isso, o procedimento costuma ser contraindicado para pacientes com problemas cardíacos mais graves.
O mesmo vale para crianças e para quem tenha expectativas exageradas quanto aos resultados estéticos. Há também fatores transitórios que podem contraindicar o implante em determinado momento, mas que podem ser superados, permitindo que o procedimento seja realizado em outra ocasião.
Por isso, a análise prévia das condições do paciente se apresenta como uma fator fundamental para definir a forma como o procedimento será realizado, quando pode ser realizado.
Pode dar errado?
O índice de sucesso dos implantes em situações normais é de 98%. Como o bom resultado do procedimento está associado à cicatrização do osso, os 2% que não dão certo, na maioria das vezes, ocorrem em função de algum descuido do paciente.
Apenas para pacientes fumantes ou que façam uso constante de álcool o índice de insucesso pode chegar a significativos 15%.
A dor não é um problema
A dor costuma ser uma grande preocupação para quem pretende recorrer ao implante dentário, mas não há motivos para que ela ocorra. Na maior parte das vezes, tanto o procedimento quanto a recuperação não ocorrem de forma significativamente dolorosa.
É preciso considerar que a dor é presente onde há inervação, o que não acontece com os ossos. Portanto, qualquer fonte de dor será proveniente das gengivas, que, na atualidade, já não sofrem grandes intervenções durante os procedimentos de implante de dentes.
Além disso, como há a anestesia local, o desconforto que pode existir é praticamente o mesmo que surge na maior parte dos procedimentos dentários menos invasivos. O pós-operatório, por sua vez, também costuma ser bastante tranquilo, sendo recomendado o uso de analgésico, antibiótico e anti-inflamatório na recuperação.
De modo geral, pós um dia de repouso, o paciente estará apto a retomar as atividades de trabalho e de estudo de forma relativamente normal. A única recomendação é para que haja moderação os esforços físicos.