Confira dicas sobre como escolher a melhor escova de dentes
Com formatos e preços variados, a grande número de opções de escovas de dentes existente no mercado não facilita em nada a vida do consumidor na hora da compra. De fato, uma boa conversa com o dentista é a melhor forma de definir o tipo de produto que é mais adequado para cada caso. Contudo, como em grande parte das vezes a escolha é feita sem essa orientação, fomos buscar informações sobre critérios que podem ajudar na decisão;
Confira!
Atenção para as cerdas
As cerdas constituem o componente que requer maior atenção na escova de dentes, uma vez que cabe a elas todo o trabalho da limpeza e também são elas que podem causar danos à dentição e às gengivas. Portanto, exceto se houver recomendação clara do dentista para usar uma escova com cerdas firmes, as macias ou extra macias são as mais adequadas pelo ponto de vista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), que, com a colaboração do Inmetro, analisou escovas disponíveis no mercado brasileiro.
O motivo dessa observação é fácil de entender. Como causam menor atrito e são maleáveis, as cerdas mais macias evitam o desgaste do esmalte do dente e previnem traumas nas gengivas.
Em artigo para o site Saúde, o cirurgião dentista Ricardo Jahn acrescenta outros critérios para a escolha do tipo de cerda. De acordo com Jahn, o mercado oferece escovas com cerdas com pontas arredondadas, cerdas ultrafinas, cerdas com pontas cônicas e cerdas naturais.
Segundo o dentista, as primeiras, com maior tempo de mercado, significaram um avanço diante das cerdas mais antigas, que tinha formato plano. As cerdas ultrafinas, por sua vez, por serem muito macias, o que torna a escovação mais confortável, caíram no gosto de grande parte dos consumidores. Entretanto, as cerdas ultrafinas dividem a opinião dos dentistas, uma vez que há quem não confie na boa capacidade de limpeza que elas apresentam.
Justamente por serem muito finas, esse tipo de cerdas exige que sejam reunidas milhares delas em uma única escova. Para Jahn, uma escova com cerdas com pontas cônicas manteria o conforto na escovação e, com menos cerdas, pode ser tão eficaz quanto uma com milhares de cerdas ultrafinas.
As escovas com cerdas naturais, como a de carvão vegetal com cabo de bambu, têm grande apelo ecológico. Contudo, pelo ponto de vista da escovação, não encontramos artigos que avaliem a eficácia de forma clara.
Preço, faixa etária e necessidades especiais
As análises do Idec concluíram que a escolha de uma escova não deve ser feita considerando apenas o preço do produto. Essa conclusão pode significar que nem sempre o que é mais caro é o melhor para cada situação, mas também pode representar que custos mais elevados justificariam alguma característica específica da escova.
Portanto, com maior atenção do que a relacionada ao preço, é preciso observar na embalagem do produto informações como faixa etária para a qual a escova se destina ou eventuais necessidades especiais que ela atende. Quem utiliza aparelhos ortodônticos, possui implante dental ou prótese ou fez cirurgia oral recente, por exemplo pode ter que utilizar algum tipo de escova especial, o que eventualmente pode estar relacionado a um custo maior.
Por outro lado, podemos entender também que o fato de uma escova ser cara não é garantia de que ela tenha boa qualidade.
E as escovas elétricas?
Uma sofisticação das escovas tradicionais, pelo ponto de vista da escovação, as escovas elétricas não incluiriam características que as tornam mais eficientes do que as primeiras. De acordo com o Idec, o produto é indicado de maneira especial para pessoas com dificuldades motoras ou para idosos com maior risco de cáries e doenças periodontais.
Pare esse tipo de consumidor a escova elétrica facilita a escovação e estimula o paciente a manter a boa higiene bucal. Assim, a despeito das dificuldades, o risco das doenças seria reduzido.
Cuidados com a escova e durabilidade
Vale considerar que, por estarem em contato permanente com a água, as escovas de dentes oferecem ambiente bastante propício para a proliferação de fungos, bactérias e até de alguns vírus. Por isso, recomenda-se que, após o uso, elas sejam enxaguadas com bastante água corrente e secadas, o que pode ser feito com movimentos vigorosos, que retirem o máximo de água possível.
Como favorecem a multiplicação de microrganismos, é bastante possível que uma escova contaminada transfira germes para outra. Por isso, é desaconselhado manter as escovas da família juntas em um mesmo recipiente onde elas possam ter contato entre si, como é comum acontecer. Pelo mesmo motivo, é recomendável trocar a escova após a cura de uma gripe, de uma dor de garganta ou de outra doença infecciosa qualquer.
As análises do Idec recomendam ainda que a escova seja trocada a cada três meses, o que está de acordo com as recomendações dos dentistas. A troca pode ser feita antes, caso o produto apresente deformação nas cerdas.