Conheça as origens de alguns dos pratos natalinos mais tradicionais
Talvez a refeição mais esperada do ano, a ceia de Natal — ou o almoço, como preferem algumas famílias — é a oportunidade que temos para degustar pratos que, em geral, não fazem parte do nosso cardápio cotidiano. Na ocasião, são servidas receitas que se repetem todos os anos, mantendo uma tradição que a maioria das pessoas adora e não deseja esquecer.
Mas, será de onde surgiram os pratos mais tradicionais, que são tão apreciados nessa época do ano? Confira algumas informações que fomos buscar sobre o Peru, a Rabanada, o Tender e o brasileiríssimo Chester.
Peru
O peru é uma ave originária da América do Norte que já fazia parte do cardápio dos nativos antes mesmo da chegada dos ingleses. Com isso, no século 17, ela também passou a compor a mesa nas celebrações dos colonos.
Porém, a chegada à Europa é datada de bem antes. Há relatos que indicam que se deu em 1526, a partir da Inglaterra, quando foi levada pelo jovem fazendeiro William Strickland, que comprou seis aves de nativos que viviam onde hoje é o México. No Velho Mundo, de tão exótica, a ave não demorou muito para chamar a atenção da nobreza, passando a ser servida em banquetes.
Acredita-se que os perus acabaram sendo associados ao Natal porque, no hemisfério norte, atingirem a vida adulta no outono e são abatidos no inverno. Porém, a popularização da iguaria só se deu no século 20, quando, por volta de 1930, a evolução nos processos de criação permitiu o barateamento da ave que passou a frequentar mais ceias natalinas.
Rabanada
Esse doce histórico produzido a partir de pães tem origem incerta. No entanto, há registros do século 15 que dão conta do consumo como auxiliar na recuperação pós-parto, justificando o nome fatia de parida como a iguaria também é conhecida.
Na Inglaterra a rabanada foi batizada como eggy bread. Nos Estados Unidos é chamada french toast e na França recebe o nome de pain perdu. Aliás, há quem diga que a nossa rabanada surgiu a partir de alguma influência francesa, e não portuguesa, como muitos acreditam.
Tender
O tender foi batizado como tender no Brasil, mas a receita é do estado da Virgínia, nos Estados Unidos. Produzida com pernil de porco defumado, essa delícia passou a ser importada para o nosso país na década de 1950, quando o extinto frigorífico Wilson a trazia em embalagens que tinham os dizeres tender made, que, numa tradução purista, pode significar feito de forma afetuosa ou feito com carinho, de forma mais livre.
Por associação, não demorou muito para esse presunto especial ser chamado “tender” pelos brasileiros.
Chester
O que muita gente não sabe é que o Chester é uma marca registrada da Perdigão e não há nada de muito misterioso na origem da ave. Ela não passa de um frango avantajado.
Segundo o frigorífico, o Chester surgiu a partir de aves trazidas dos Estados Unidos em 1979. Aqui, usando processos de seleção dos melhores espécimes, ao longo de três anos, foram surgindo novos frangos, com peito cada vez maior.
Aliás, o nome chester nada mais é do que uma referência ao peitão da ave, uma vez que chest significa justamente peito em inglês.