Educação Ambiental pode auxiliar as ações da Amoran na Gestão 2022/2024
As causas ambientais devem receber atenção especial ao longo da Gestão 2022/2024 da Amoran, iniciada em 1º de janeiro. Segundo o presidente da Associação, Carlos Alberto Rocha, esse é um dos pontos relacionado no Plano de Ação que está sendo avaliado pela nova diretoria e que deve orientar os trabalhos para os próximos anos. “A intenção é de nos empenharmos mais em ações de Educação Ambiental e na busca por soluções para os problemas de meio ambiente que temos na região, como os relacionados às árvores que foram suprimidas nos bairros e ainda não foram substituídas”, explica.
Porém, além das soluções para os problemas que têm conotação ambiental específica, considerando que, de alguma forma, todas as pautas que a Amoran aborda — como as do trânsito, da segurança pública e da integração da comunidade, entre outras — convergem para as temáticas ambientais, Carlos Alberto entende que um estratégia ambientalista pode ajudar também a alcançar outros objetivos. “No final das contas, tudo se conecta com o ambiente em que vivemos . Portanto, se pensarmos em melhorar esse ambiente, é óbvio, estaremos pensando na solução de todos os problemas que temos na nossa região”, observa.
Estimulando a cidadania
Carlos Alberto, que é especialista na área, acredita que a Educação Ambiental pode auxiliar bastante as ações da Amoran. “Quando ouvimos falar em Educação Ambiental, a gente logo pensa em ecologia e na conservação da natureza, o que está correto. Porém, vale lembrar que a Educação Ambiental se ocupa de orientar as práticas que a sociedade deve adotar em uma relação sustentável com o meio ambiente, que pode ser tanto no ambiente natural quanto naquele criado pelo homem, como é o das cidades. Então, estimulando essas práticas na nossa comunidade podemos contribuir para que a Amoran encontre as soluções que precisamos para a nossa região”, avalia.
Para Carlos Alberto, a Amoran pode adotar as ideias do dentista Hugo Werneck, que morreu em 2008. Pioneiro do ambientalismo mineiro, Hugo Werneck teve uma vivência muito rica na Educação Ambiental, inclusive trabalhando junto a comunidades ribeirinhas do Rio São Francisco e também ministrando palestras para vários tipos de públicos — que iam de estudantes a lideranças empresariais e políticas. “Em uma das vezes que tive a satisfação de ouvir o Dr. Hugo, ele disse que, com o tempo, o tema que ele abordava, antes de ser ecológico, passou a se voltar para a formação de cidadãos íntegros, o que faz muito sentido. Ora, se temos cidadãos íntegros ao nosso lado, temos também pessoas interessadas em manter elevada a qualidade do ambiente onde elas vivem. Tenho pra mim que a Educação Ambiental tem o poder de estimular a integridade que, acredito, é nata na imensa maioria da população e é esse estímulo que podemos buscar na nova gestão”, conclui.