Excelente no controle biológico de pragas, joaninhas são distribuídas pela PBH
Elas habitam o imaginário infantil, que as vê como bichinhos delicados, que, com suas cores alegres, têm tudo para serem grandes amigas. Em parte, essa uma ideia verdadeira. Afinal, como são extremamente úteis no controle de pragas, as joaninhas podem ser consideradas ótimas amigas que temos na manutenção das plantas, em jardins, pomares e hortas. Porém, a ideia da delicadeza não corresponde exatamente ao papel de predadoras que elas cumprem na natureza.
Comedoras de pragas
Insetos coleópteros, parentes próximos dos besouros, as joaninhas são distribuídas em cerca de 6 mil espécies, que variam nas cores e no número de pintas, de manchas ou de listras que apresentam. Inclusive, há espécies que são de uma cor apenas.
A mais comum no Brasil é a Coccinella septempunctata, vermelha com pintas pretas. Todas são bichos de gosto amargo que, quando ameaçados, liberam um aroma desagradável, que acaba espantado os predadores, fazendo com que elas tenham um ciclo de vida bastante produtivo e completo.
Desde o estágio larvário, que dura um mês, as joaninhas já começam a dar uma boa contribuição, se alimentando de ácaros, pulgões e de larvas de outros besouros que podem ser prejudiciais às plantas. Em seguida, após um período de 15 dias em que vivem na forma de pupa, quando alcançam a fase adulta, que dura cerca de um ano, elas passam a se alimentar sobretudo de pulgões, lagartas, cochinilhas e moscas brancas, aumentando o efeito positivo no combate às pragas.
Biofábrica
Como elas combatem de forma natural os organismos indesejáveis em hortas, jardins, pomares e arborizações, as joaninhas se tornaram estrelas da agricultura e do paisagismo que não recorrem ao uso de agrotóxicos. Diante da eficiência que elas apresentam, a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) se inspirou em um modelo bem sucedido desenvolvido pela Prefeitura de Paris e implantou na capital a Biofábria de Joaninhas e Crisopídeos, que também são insetos utilizados com grande eficiência no controle biológico de pragas.
Inicialmente, os insetos eram produzidos para utilização da própria PBH na recuperação de jardins da cidade, na produção de alimentos e de matérias-primas, nrenovação de recursos hídricos, no paisagismo e no combate à poluição, entre outras finalidades. Os resultados da fábrica foram tão positivos que, atualmente, os insetos também são distribuídos sob demanda entre a população.
Sucesso absoluto, a Biofábrica de BH já foi tema na FutureCom – evento internacional de inovação — e concorreu por três vezes consecutivas ao World Smart City Awards, sendo finalista de todas as edições. Em 2019, foi parte de um intercâmbio científico com a cidade de Caen, na França, onde foram observados os resultados da implantação por aqui. Além disso, a ideia inspira projetos de sustentabilidade em todo o Brasil e recebe visitas de técnicos que têm o interesse de replicá-la em suas cidades de origem.
Se for quer receber um kit de joaninhas da Biofábrica da PBH, inscreva-se pelo Portal de Serviços. A retirada dos bichinhos é gratuita!