Condomínios verdes são uma necessidade atual
Mais do que sugere à primeira vista, o conceito de um condomínio verde não se limita à definição de espaços generosos para os jardins em construções onde a proximidade com aspectos do meio natural se torne possível. De fato, de acordo com o Green Building Council (GBC), organização internacional que reúne empresas e instituições em torno das construções verdes, a ideia está associada a uma série de considerações relacionadas à sustentabilidade, que contemplam desde os materiais e os processos adotados na construção de uma edificação ou de um conjunto de edificações, até o cumprimento da finalidade daquele condomínio ao longo de toda a sua existência.
Portanto, em linha gerais, um condomínio verde observa questões como as relacionadas ao consumo de energia, à utilização da água, ao uso de produtos na manutenção e à destinação de resíduos, entre outras. Nesse sentido, claro, é até oportuno que belos jardins sejam valorizados.
Adequação
De fato, quando os princípios da sustentabilidade são considerados já no momento da concepção de um projeto, a adoção das medidas que garantirão que aquela edificação será de fato sustentável se torna muito mais eficiente e econômica. Por outro lado, mesmo nos edifícios mais antigos, que foram concebidos em uma época em que essa atenção não existia, há enorme potencial para promover ações nesse sentido.
Algumas delas poderão significar custo considerável, mas que será recuperado ao longo do tempo. Por exemplo, a instalação de sistemas fotovoltaicos para a geração de energia elétrica e a aquisição de equipamentos com maior eficiência energética são medidas extremamente favoráveis à sustentabilidade em um condomínio.
Contudo, há também as ações que independem de investimentos ou que têm custo reduzido e que apresentam resultados muito positivos. Por exemplo, estimular o uso consciente da água e da eletricidade, promover a coleta seletiva entre os condôminos, adotar produtos sustentáveis na limpeza e na manutenção e contratar empresas prestadoras de serviço que tenham certificações que atestem o compromisso com a sustentabilidade — como a ISO 14001 — são práticas com impactos imediatos muito positivos.
Ao mesmo tempo, convém considerar investimentos que já são obrigatórios em um condomínio, mas que podem ser valorizados de maneira especial na hora de planejar a gestão com foco na sustentabilidade. As vistorias e as manutenções periódicas, que são indispensáveis, também podem ser vistas como meios para evitar desperdícios de recursos.
Resultados
A adoção dos princípios de sustentabilidade no condomínio apresenta resultados extremamente benéficos, tanto pelo ponto de vista ambiental quanto pelo da economia de recursos naturais e financeiros. Os ganhos imediatos surgem na economia de energia e de água, mas há consequências de médio e de longo prazo que são consideráveis.
Quando a gestão voltada para a sustentabilidade adota as medidas preventivas, por exemplo, além de evitar os desperdícios de recursos e as contas exageradas, como as ocasionadas por vazamento de água, também afasta a possibilidade de despesas extras com reparos emergenciais, que podem comprometer o caixa do condomínio. Outro fator importante que acaba surgindo em um condomínio sustentável é o aumento da capacidade de os condôminos interagirem positivamente com as questões de interesse coletivo.
Por tudo isso, a atenção com os processos de sustentabilidade, que viabilizam a existência de um condomínio verde, se apresenta como algo bastante necessário na atualidade. Tanto quanto são necessários os belos jardins.
