Condomínios

Amoran iniciou estudos para implantar rede de rádios comunicadores na região

A ideia é relativamente simples, mas tem demonstrado ser bastante eficaz. Desde 2009, uma rede de rádios comunicadores do tipo walk talk conecta 35 condomínios e três estabelecimentos comerciais do bairro de Lourdes, permitindo a interação imediata entre os participantes, que compartilham mensagens relacionadas à segurança da região. Como os comunicados são em viva voz e ocorrem de maneira objetiva, obedecendo a um regulamento que define a forma de utilização dos equipamentos, e está conformidade com as técnicas apropriadas para esse tipo de contato, eles acabam apresentando resultados melhores do que os compartilhados por meio de grupos de WhatsApp.

Denominado “Antena Ligada”, o sistema foi organizado pela Associação da Praça Marília de Dirceu e Adjacências (Amalou), que tem Jeferson Rios como presidente. Segundo Jeferson, desde o início, o projeto vem sendo muito bem recebido pela população local. “Fomos destacados pela mídia e, inclusive, recebemos um certificado ressaltando o apoio à redução de delitos que são apurados pela Policia Militar no bairro de Lourdes”, afirma Jeferson.

Segundo o presidente da Amalou o sistema faz uso de um equipamento padrão e conta com o apoio da Guarda Civil Municipal. “O custo benefício saiu mais em conta, se comparado à contratação de uma empresa privada de segurança”, destaca.

Melhor que WhatsApp

De acordo com Carlos Alberto Rocha, presidente da Amoran, esta iniciativa pode ser replicada no Anchieta, Cruzeiro, Carmo, Comiteco e Sion, bairros atendidos pela Associação, e tem capacidade para alcançar resultados tão positivos quanto os que foram obtidos em Lourdes. “Precisamos nos valer de todos os recursos disponíveis que ajudem a melhorar as condições de segurança da nossa região e os rádios comunicadores permitem uma solução simples e eficiente. Uma rede que conecte condomínios e estabelecimentos comerciais por meio de rádios pode criar um sistema de vigilância ativa muito interessante e que tem eficácia testada e comprovada”, observa.

Carlos Alberto entende que esse sistema tem uma grande vantagem sobre os grupos de WhatsApp. “Os grupos no WhatsApp são interessantes, mas as mensagens de segurança veiculadas por lá concorrem com as tantas outras de menor urgência, que chegam pelo aplicativo o tempo todo. Com isso, nem sempre elas são visualizadas com a agilidade que uma situação de emergência exige. Os rádios, por sua vez, são dedicados exclusivamente à segurança e permitem alertas imediatos, com todos os receptores sendo avisados em viva voz simultaneamente, o que os torna mais eficientes para essa função. Haja vista que as polícias continuam se comunicando rotineiramente por rádio”, considera.

Para Carlos Alberto, quando uma ameaça à segurança e identificada e transmitida por rádio, ela imediatamente se espalha pela rede, aumentando a vigilância e a capacidade local de reagir de maneira apropriada, inclusive no acionamento da polícia. “Por exemplo, se um porteiro comunica pelo rádio o arrombamento de um veículo ou o furto em um prédio, rapidamente, o alerta nas redondezas é criado, permitindo que a vizinhança fique mais atenta”, destaca.

Rede da Amoran

Segundo Carlos Alberto, o esforço para que seja implantada uma rede local de rádios já foi iniciado. “Estou conversando com os gestores de vários condomínios da região e a ideia tem sido muito bem recebida. Ao mesmo tempo, pensando em obter um suporte de planejamento para a implantação, fiz um contato ainda informal com a Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção (SMSP) e também obtive uma sinalização positiva. O próximo passo será colher mais informações sobre a área tecnológica, para, em seguida, iniciarmos a criação da rede”, explica.

Carlos Alberto ressalta que a forma de estruturação da rede da Amoran será inspirada no modelo criado em Lourdes e respeitará as recomendações da SMSP. “Contudo, a intenção é de também ouvir os interessados em participar do projeto, permitindo que todos possam contribuir com sugestões e opiniões. Desejamos partir do que já foi experimentado e aprovado, o que não significa que não haverá flexibilidade para ouvirmos quem queira participar da rede. Faremos o que estiver ao nosso alcance para criar um sistema funcional e acessível, que contribua com a segurança da região”, explica.

Carlos Alberto considera ainda que a rede de rádios poderá se somar a outras iniciativas de segurança. “Temos o programa BH + Segura, da Prefeitura, de compartilhamento de câmeras, que ainda não se desenvolveu na região mas que tem um potencial muito interessante. Temos os grupos de WhatsApp, que devem ser mantidos e reforçados. Podemos resgatar a Rede de Vizinhos Protegidos, que, inclusive, pode vir mais forte com os rádios. Ou seja, as iniciativas não se excluem. Pelo contrário, elas podem fortalecer umas às outras”, conclui.

Se você tem interesse em saber mais sobre esse projeto, envie uma mensagem para a Amoran pelo WhatsApp 31255555399.